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Polícia Civil mira facção liderada por detento que extorquiu R$ 300 mil de empresário em Canoas


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Imagem: divulgação/ Susepe.

A Operação Falcão foi desencadeada nesta quarta-feira (25), cumprindo quatro mandados de busca e apreensão em Canoas e um em Charqueadas, na Região Carbonífera. A ação, deflagrada pelo Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) da Polícia Civil, tem como alvo uma facção que extorquiu mais de R$ 300 mil do dono de uma rede de supermercados.


Segundo o diretor da Divisão de Investigação Criminal do Deic, delegado Eibert Moreira Neto, as apurações sobre o crime tiveram início em 5 de maio. Na data, de acordo com o policial, a vítima relatou que passara a ser alvo de extorsões e ameaças de morte após um desentendimento sobre compra e venda de maquinários.


No decorrer das investigações, foi revelado que um detento, líder de uma facção criminosa atuante em Canoas, era o mentor intelectual das extorsões. Além dele, outras três pessoas, incluindo um militar do Exército Brasileiro, também são investigados.


"Houve a compra do maquinário e os criminosos alegaram que vítima não tinha desembolsado o valor adequado. A partir de então, passaram a ocorrer uma série de extorsões, contra o homem e a família dele. As ameaças eram feitas por um apenado, através de chamadas de áudio e vídeo", destacou o delegado João Paulo de Abriu, titular da 1ª DP de Repressão a Roubos.


Ainda segundo Abreu, que comanda as investigações, o soldado investigado atua como Cabo Especialista Temporário. O militar também é ex-vigilante de um dos estabelecimentos comerciais da vítima. "Ele seria um braço armado do líder do esquema, com o objetivo de pressionar a vítima pelo valor exigido", afirmou o delegado.


O jornal Correio do Povo apurou que o comandante do esquema é o detento Letier Ademir Silva Lopes, o Letier, que atualmente cumpre pena de mais de 47 anos na Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas (Pasc). A cela dele foi alvo de buscas durante a manhã.


Letier tem vasta ficha criminal, respondendo por tráfico, homicídio, porte ilegal de armas, extorsão, entre outros. Investigado por envolvimento em ao menos 28 assassinatos, ele chegou a ser transferido para o Sistema Penitenciário Federal, em 2017, mas retornou ao Rio Grande do Sul, no ano seguinte.


O traficante teria vínculos com uma facção originada no bairro Bom Jesus, na zona Leste de Porto Alegre, mas que também criou ramificações em Canoas. O grupo chefiado por Letier tem como base a área entre os bairros Guajuviras e Estância Velha e, segundo investigações do Departamento Estadual de Repressão ao Narcotráfico (Denarc), chegava a movimentar aproximadamente 50kg de drogas por mês na região.


A companheira dele, Paula Caroline Ferreira Rodrigues, de 29 anos, também foi alvo de ação policial, na última sexta-feira (20). A mulher, que está grávida de seis meses, era considerada foragida desde meados de setembro, tendo sido presa no bairro Bom Fim, em Porto Alegre.


Ela é ré pelo assassinato do fotografo José Gustavo Bertuol Gargioni, de 22 anos, ocorrido em julho de 2015, em Canoas. Em fevereiro de 2020, o ex-companheiro dela, Juliano Biron da Silva – que também é apontado como líder de uma facção, essa com base no Vale do Sinos — foi condenado a mais de 20 anos de prisão pelo crime.


Fonte: Correio do Povo

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