top of page

Polícia indicia dono de academia, arquiteto e três servidores por morte de aluna que caiu de prédio durante exercício em Caxias do Sul

Foto: Reprodução G1RS
Foto: Reprodução G1RS

A Polícia Civil concluiu nesta sexta-feira (13) o inquérito que apurou as responsabilidades sobre a morte de uma aluna que caiu pela janela do segundo andar de uma academia, em Caxias do Sul, na Serra do RS. O delegado Edinei Albarello, responsável pela investigação, indiciou cinco pessoas por homicídio culposo – quando não há a intenção de matar.


Os indiciados são o proprietário da academia, o arquiteto responsável pela construção do edifício e três agentes públicos do município na época. Os nomes deles não foram divulgados.


De acordo com a polícia, o profissional responsável pela elaboração do projeto também foi responsável pela execução da obra. Ele não teria atendido às exigências técnicas determinadas.


Com relação aos servidores públicos, a responsabilidade, segundo o delegado, está relacionada à concessão da licença para construção e liberação do alvará.


A advogada que representa a academia, Daniela Silva, classifica como "equivocada" a tentativa de responsabilizar o proprietário "por um fato trágico que não decorreu de qualquer ação imprudente, negligente ou imperita de sua parte".


O Ministério Público (MP) vai analisar o inquérito e pode denunciar ou não os cinco na Justiça. Caso faça e o Judiciário aceite, eles começam efetivamente a ser julgados.


Instalação de vidro inadequado

A vítima foi identificada como Denise de Oliveira, de 45 anos. Ela estava próxima de um aparelho chamado graviton, em que a pessoa utiliza o peso do próprio corpo para realizar movimentos, quando se desequilibrou e bateu no vidro.


Segundo Albarello, a perícia constatou que ocorreu instalação de vidro inadequado, com espessura de 4 mm e que não oferecia resistência. Também foi identificado que o aparelho de exercícios estava disposto a 70 cm de distância da parede de vidro.


"A morte da vítima ocorreu pela junção de dois fatores. A proximidade demasiada do aparelho de musculação em relação à parede de vidro, razão pela qual, quando a vítima caiu do equipamento, foi projetada diretamente contra o vidro. E a instalação de vidro inadequado, quando da construção do edifício, em desrespeito às normativas legais", conclui Albarello.

De acordo com o delegado, a perícia não esclarece se o que causou a queda foi um mal súbito ou desequilíbrio. "Tais circunstâncias não seriam passíveis de observação, pois não deixam vestígios", explica.


O resultado de exame de sangue coletado da vítima está pendente. O material analisado vai verificar se houve possível uso de alguma medicação.


Fonte: G1RS

Comments


WhatsApp Image 2025-04-10 at 18.55.37.jpeg
2.png
bottom of page