Prefeitura de São Paulo interdita abrigo para idosos onde seis morreram após incêndio
- Start Comunicação

- 13 de set. de 2022
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A Instituição de Longa Permanência para Idosos Lar da Vovó, onde seis pessoas morreram no último sábado (10), em um incêndio que atingiu o local, foi interditada pela Subprefeitura de São Mateus nesta segunda-feira (12). A informação foi divulgada pela Prefeitura de São Paulo, por meio de nota.
Segundo a gestão municipal, a medida foi tomada porque o Lar da Vovó apresenta riscos para a saúde dos usuários da instituição, para vizinhos e para as pessoas que circulam perto do imóvel, localizado em São Mateus, zona leste da capital paulista. Segundo a prefeitura, o espaço não apresenta licença de funcionamento sanitário e não possui pedido aberto na Subprefeitura de São Mateus para funcionar como Instituição de Longa Permanência para Idosos, o que o caracteriza como um abrigo "clandestino".
No último sábado, um incêndio no local deixou seis pessoas mortas e duas feridas. Entre as vítimas, uma era cuidadora e as outras cinco, moradoras do abrigo. As sobreviventes também moravam no local e ficaram feridas. A reportagem questionou a Secretaria Municipal de Saúde sobre o estado de saúde de ambas, mas não teve retorno até a publicação desse texto.
O Lar da Vovó mudou de endereço ao menos quatro vezes desde 2020 e foi interditado pela vigilância sanitária em duas oportunidades, de acordo com a Secretaria Municipal de Saúde. As interdições — previstas no artigo 122 do Código Sanitário do Município de São Paulo — foram determinadas em razão de irregularidades sanitárias que poderiam provocar "alto risco à saúde dos idosos atendidos."
Com o local interditado, a responsável pela casa de repouso tem cinco dias para começar a resolver as irregularidades, "sob pena de multas diárias e sanções legais." Além disso, a Subprefeitura de São Mateus abriu processo contra a instituição por falta do certificado de regularidade do imóvel. Se em até cinco dias a proprietária não apresentar o documento, poderá ser multada em cerca de R$ 35 mil. A multa pode ser reaplicada a cada 90 dias em caso de não cumprimento, diz a prefeitura.
O incêndio segue sendo investigado pelo 49º Distrito Policial (DP) e laudos periciais estão em elaboração para descobrir a causa do fogo. A hipótese inicial do Corpo de Bombeiros, que atendeu a ocorrência no sábado, é de que o incêndio tenha começado por causa de um curto circuito e que as vítimas tenham morrido por inalação de fumaça — uma delas estava com o corpo carbonizado.
Fonte: GZH
































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