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Queda nas vendas no modelo Onix, fazem GM de Gravataí praticamente parar nos próximos meses

GRAVATAÍ: a General Motors (GM) terá quase três meses de produção reduzida de abril a junho. Essa estratégia da montadora, é mais um avanço na tentativa superar as dificuldades causadas pela queda nas vendas da marca Onix que acontece desde o ano passado. Além dos 30 dias de suspensão no complexo de Gravataí já anunciado há poucas semanas, a empresa também informou que os trabalhadores da montadora e das sistemistas (fornecedoras instaladas no local) vão sair de férias coletivas e licença remunerada agora em fevereiro e retornam em março. Depois, em abril, parte deles voltará a ser dispensada. 


Com a medida, a fábrica deixará de produzir 15 mil carros no período. É bastante, representando quase 10% da produção anual. Em 2024, foram fabricadas 168 mil unidades, mas o complexo já chegou a superar 210 mil veículos por ano. 


A fábrica produz o modelo Onix, que perdeu a liderança de vendas nos últimos anos no país. Segundo dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), foram emplacadas 97,5 mil unidades em 2024. No ano anterior, tinham sido 102 mil. Para se ter ideia, em 2019, antes da pandemia, foram comercializados 241,2 mil veículos Onix. 


Na primeira etapa, são atingidos 5 mil trabalhadores. Na segunda, serão até 2 mil funcionários, com possibilidade de prorrogação do período. Será feita uma suspensão do contrato de trabalho, no chamado "lay off". Parte do salário vem do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) e o restante é complementado pela GM. Segundo o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Gravataí, Valcir Ascari, será feita uma negociação para manter o vale alimentação e benefícios totais, como FGTS e pagamento de férias. 


Ainda assim, a GM está investindo R$ 1,2 bilhão em Gravataí. O plano é modernizar o Onix e fabricar um SUV, como são chamados os utilitários esportivos, mas será a combustão, na contramão do setor automotivo mundial, que aposta em elétricos e híbridos.


A montadora norte-americana enviou uma breve nota dizendo que a medida em negociação com o sindicato é para adequar a produção da fábrica à demanda atual do mercado: "A GM reforça seu compromisso com seus colaboradores e parceiros, e continuará monitorando o cenário econômico para tomar decisões alinhadas às necessidades do momento, sempre em diálogo com as partes envolvidas."


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