Santa Casa lança campanha para incentivar doação de órgãos
- Andressa Brunner Michels - Jornalista - MTB 19281/RS

- 10 de set.
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Há pouco mais de um ano, Leonardo de Oliveira, 31 anos, recebeu um novo rim após oito anos de espera e tratamento com hemodiálise. O transplante, que chegou um dia depois de ele participar de uma campanha de conscientização, mudou sua vida. “Acabei tendo uma nova vida”, resume.
Enquanto ele deixou a fila, mais de 80 mil pessoas ainda aguardam por um transplante no Brasil, segundo o Ministério da Saúde. O número cresceu 23% em relação a 2024. No Rio Grande do Sul, cerca de 3 mil pacientes esperam por um órgão ou tecido.
Para ampliar a conscientização, a Santa Casa de Porto Alegre lançou a campanha “A vida cabe no seu sim”, destacando a importância de declarar a vontade de ser doador e conversar sobre isso com a família. Dados do Registro Brasileiro de Transplantes (ABTO) revelam que, em 2024, 46% das famílias recusaram a doação de órgãos de seus entes.
Segundo Antonio Kalil, diretor médico da Santa Casa, essa negativa é um dos principais entraves para reduzir a fila. “Quando a decisão já foi conversada em vida, o processo fica mais claro e facilita a escolha da família naquele momento difícil”, explica.
No Rio Grande do Sul, aproximadamente 60% dos pacientes em lista aguardam por órgãos como rim, fígado, pulmão ou coração, enquanto o restante precisa de transplante de córnea. Apesar dos avanços, o índice de recusa familiar no estado ainda gira em torno de 45%.
Kalil reforça que o Sistema Nacional de Transplantes é seguro, sem possibilidade de privilégios, e que o diagnóstico de morte cerebral é feito com rigor técnico.
A Santa Casa é referência em transplantes de alta complexidade. Somente entre janeiro e julho de 2025, foram realizados 365 procedimentos, sendo 286 de órgãos e 79 de córnea.
Redação do www.startcomunicacaosl.com.br | Por Andressa Brunner Michels | Fonte: Correio do Povo


































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