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'Se for para tirar a dor dos pais, que me condenem', diz Luciano Bonilha, réu da Kiss


Luciano Bonilha Leão foi o segundo réu pelo incêndio na boate Kiss, a ser ouvido durante o julgamento sobre o incêndio, em Porto Alegre, nesta quinta-feira (9), nono dia de júri. Auxiliar da banda Gurizada Fandangueira, ele acionou o artefato pirotécnico que iniciou o fogo na boate.


"Tenho consciência tranquila que não foi meu ato que tirou a vida desses jovens. Se for pra tirar as dor dos pais, eu tô pronto, me condenem", afirmou. "Se eu tivesse morrido lá, hoje sentada aqui tem a maior joia da minha vida, que é a minha mãe. Ela ia tá ali sentada com eles [familiares]"


Ele contou que a banda já havia feito ao menos nove shows com artefatos pirotécnicos. Na Kiss, ele recorda de duas apresentações com fogos. Luciano afirmou que a banda não sabia que o teto do palco havia sido rebaixado e revestido de espuma. "Se acreditava que era tudo seguro".


Luciano contou que começou a trabalhar com a banda a convite do gaiteiro Danilo Jaques, que faleceu na tragédia. Foi a pedido de Danilo que Luciano comprou os artefatos pirotécnicos que a banda usou no palco.


"Ele me designou que eu tinha que comprar. O Danilo gostava as coisas tudo certinho. Era muito organizado. Eu cheguei lá, o rapaz [da loja] entregou, e eu levei pro Danilo". Luciano contou desconhecer que tipo de fogo era usado, nem que ele poderia ser acionado em locais fechados. "Acho que era o que eles usavam [nos shows]".


'Fogo se espalhou'

Luciano acendeu o fogo de artifício, passou para o vocalista Marcelo de Jesus, e permaneceu junto ao palco, conforme relatou no júri.


Ele então viu que a chama tinha atingido o teto. "Era um fogo azul, pequeno. Peguei uma garrafa de água que tava no cubo do baixo e atirei. O fogo se espalhou", descreveu.


Fonte: G1

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