São Leopoldo retoma consultas neuropediátricas e atende primeiras crianças da região Oeste
- Andressa Brunner Michels - Jornalista - MTB 19281/RS

- há 2 horas
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A rede municipal de saúde de São Leopoldo realizou, neste sábado (22), oito consultas neuropediátricas na Unidade Básica de Saúde (UBS) Vicentina, beneficiando crianças da região Oeste. A ação dá continuidade à estratégia da prefeitura de levar atendimentos especializados aos territórios, reduzindo o tempo de espera por diagnóstico e acompanhamento.
De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, nesta etapa estão sendo atendidas crianças vinculadas às UBS Vicentina e Paim. A iniciativa será ampliada gradualmente para outras regiões, contemplando cerca de 700 crianças e adolescentes que aguardam há mais de um ano pela primeira avaliação especializada. A previsão é atender todas as crianças cadastradas da região Oeste até dezembro. As marcações seguem a ordem da fila de espera e são realizadas por telefone; por isso, famílias que trocaram de número devem atualizar seus dados na UBS de referência.
As consultas são feitas por neuropediatra com apoio da equipe multiprofissional da Atenção Básica. O encaminhamento depende de avaliação clínica realizada na própria unidade, a partir do trabalho dos agentes de saúde. Além do atendimento, o projeto inclui a construção de Projetos Terapêuticos Singulares (PTS), integrados às demais equipes e serviços da rede municipal, e orientações contínuas às famílias.
A neuropediatra Vanessa Helena Leite Mendes explica que a maioria dos encaminhamentos ocorre devido a atrasos no neurodesenvolvimento, especialmente na linguagem, alterações comportamentais e suspeita de Transtorno do Espectro Autista (TEA). “Buscamos realizar diagnóstico precoce, entender se há critérios para TEA ou até descartar. Em alguns casos, o comportamento está mais relacionado ao ambiente do que a um transtorno da criança”, afirma. Entre outros motivos comuns de encaminhamento estão agitação, agressividade, epilepsia, dores de cabeça e dificuldades de aprendizagem.
Segundo Jodelle Machado, da coordenação da Atenção Primária, após a primeira consulta, as famílias participam de três encontros com a equipe multiprofissional. “Apresentamos a rede, explicamos as terapias e fortalecemos o vínculo com a UBS. No terceiro encontro, definimos o PTS, e a família já sai sabendo como seguir dentro da rede de saúde”, destaca. O foco é garantir o início do acompanhamento contínuo.
Famílias aguardavam há anos
Entre os atendimentos realizados na UBS Vicentina está o de Arthur, de 5 anos, diagnosticado com TEA nível 3 aos dois anos, que necessita de acompanhamento regular com equipe multiprofissional. A mãe, Ana Cristina Alves dos Santos, destacou a importância de retomar o cuidado periódico.
Outro caso é o de Eliseu, cujo pai, Robert Martins, relata que a família aguardava há cerca de dois anos pela consulta. O menino teve duas convulsões ainda bebê, aos seis e aos onze meses. “Fizemos consulta no Capilé e agora nos chamaram. Espero que possamos avançar e finalmente saber se ele tem algum problema ou não”, disse.
Redação do www.startcomunicacaosl.com.br | Por Andressa Brunner Michels | Fonte: Superintendência de Comunicação da Prefeitura de São Leopoldo































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