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Anvisa determina apreensão de lotes falsificados de medicamentos contra câncer


Foto : Divulgação/Anvisa
Foto : Divulgação/Anvisa

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou nesta terça-feira (21) a apreensão de lotes dos medicamentos Keytruda e Avastin, ambos usados no tratamento de diversos tipos de câncer. A medida ocorre após a identificação de falsificações nos produtos.

Os lotes SO48607 e YO19148 do Keytruda, imunoterápico indicado para tumores como melanoma, câncer de pulmão, esôfago, cabeça e pescoço, não foram reconhecidos pela MSD, farmacêutica detentora do registro do medicamento no Brasil.

As unidades foram distribuídas pela empresa LAF MED Distribuidora de Medicamentos e Materiais Hospitalares, que recentemente teve a licença cassada após uma operação em Fortaleza (CE) que desarticulou uma rede suspeita de falsificar e comercializar medicamentos oncológicos.


Durante a ação, fiscais encontraram caixas com rótulos em inglês, medicamentos sem registro nacional e notas fiscais de vendas para hospitais e clínicas. A distribuidora não respondeu aos contatos da imprensa até a publicação da matéria.

A Anvisa foi alertada inicialmente em junho, por um hospital de Palmas (TO), que identificou irregularidades no lote SO48607. O produto apresentava embalagem diferente, ausência de informações sobre lote e validade, falhas no controle de temperatura durante o transporte e diferenças no rótulo de segurança — que tinha efeito holográfico e inscrições em árabe.

A MSD confirmou a falsificação e o caso foi reportado à Organização Mundial da Saúde (OMS). Em julho, uma nova denúncia surgiu em Vitória da Conquista (BA) sobre o lote YO19148, também adquirido da mesma distribuidora, com características semelhantes. Essa ocorrência ainda está sob investigação.

Além do Keytruda, a Anvisa também proibiu o lote H0386H05 do medicamento Avastin, usado no tratamento de câncer colorretal metastático, de pulmão e de mama, entre outros. A farmacêutica Roche, responsável pelo produto, identificou diferenças importantes em relação ao sistema de rastreamento, o que confirmou a falsificação.

Segundo a agência, o número do lote falsificado era semelhante ao de produtos verdadeiros, o que poderia confundir distribuidores e unidades de saúde.


A Anvisa alerta que o uso de medicamentos falsificados coloca em risco a saúde dos pacientes, podendo causar ineficiência no tratamento e reações adversas graves. A falsificação de remédios é considerada crime hediondo, com penas de 10 a 15 anos de prisão, especialmente em casos envolvendo fármacos de alto impacto na saúde pública.


Redação do www.startcomunicacaosl.com.br | Por Andressa Brunner Michels | Fonte: Correio do Povo


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