Após um ano, Círculo Operário Leopoldense núcleo Paim retoma atividades em São Leopoldo
- Start Comunicação

- 6 de mai.
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Um ano depois de ser completamente devastado pela enchente histórica de 2024, o Círculo Operário Leopoldense (COL), núcleo Paim, em São Leopoldo, reabre suas portas. Com 4 metros e 20 centímetros de água atingindo inclusive o segundo piso do prédio, o espaço perdeu todos os equipamentos, documentos e estrutura física, mas renasceu com o apoio de uma ampla rede de solidariedade.

“Foi um processo muito difícil. Perdemos tudo, até o que havíamos colocado no segundo andar para tentar salvar”, relata Tales Ramon de Sá, coordenador do núcleo Paim. A reconstrução levou quase um ano, e só agora, em maio de 2025, o centro voltou a funcionar plenamente. “A água ficou por 28 dias dentro do prédio. Só depois disso conseguimos começar a limpar e reconstruir”, explica.
A diretora executiva do COL, que participou ativamente da reconstrução, destacou a união de esforços para superar a tragédia. “Foi uma batalha diária. Mas contamos com a ajuda de pessoas físicas, empresas, governo municipal e também com doações vindas de fora do estado. Essa rede de solidariedade nos deu força para continuar.”, relata.

A reconstrução não se limitou ao espaço físico. O COL foi reformado e qualificado para retomar suas atividades com ainda mais estrutura. O centro oferece oficinas lúdico-pedagógicas voltadas a direitos humanos, cidadania, autonomia e fortalecimento de vínculos, além de fornecer alimentação às crianças e adolescentes atendidos.
Ao todo, 80 crianças e adolescentes (40 no turno da manhã e 40 no da tarde) são acompanhados por meio do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos, vinculado à Política Nacional de Assistência Social e com encaminhamentos feitos pelo CRAS do bairro. “Elas permanecem no programa até completarem 18 anos ou enquanto persistir a situação de vulnerabilidade que motivou sua entrada”, explica a diretora.

A jovem Vanessa Soares, de 18 anos, participou das atividades do COL por dois anos, influenciada pela irmã. Para ela, a experiência foi “positiva e enriquecedora”. Sua mãe, Fátima Soares, reforça: “É muito importante termos esse tipo de atividade na nossa comunidade. Fez diferença na vida das minhas filhas”.
O Círculo Operário Leopoldense, com 90 anos de história, e o núcleo Paim, ativo há 36 anos, agora se reafirmam como referência no atendimento socioeducativo e no fortalecimento comunitário em São Leopoldo. A nova fase é um símbolo de resistência, superação e cuidado coletivo com o território.
Da Redação www.startcomunicacaosl.com.br - Por Mariana Santos - Jornalista MTB 1788/RS











































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