Crise com os EUA: Lula promete proteger empresas brasileiras
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- 12 de jul.
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, neste sábado (12/7), que o Brasil adotará as “medidas necessárias” para proteger a população e as empresas nacionais do tarifaço de 50% imposto pelos Estados Unidos sobre as exportações brasileiras.
Em publicação nas redes sociais, o petista disse que tanto a Justiça quanto o povo brasileiro precisam “ser respeitados”. “Somos um país grande, soberano, e de tradições diplomáticas históricas com todos os países”, destacou.
Sob o mote de “Brasil soberano”, Lula tem adotado uma postura crítica em relação às tarifas unilaterais impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. A cúpula petista considera que a justificativa de Trump tem cunho político.
Do total exportado pelo Brasil ao mundo, aproximadamente 12% vão para os Estados Unidos. Com o tarifaço, diversos setores produtivos podem ser afetados. Estão entre os principais: óleos brutos de petróleo, ferro, aço, celulose, café, suco de laranja, carne bovina, aeronaves e máquinas para o setor de energia.
México e UE entram na mira de Trump
Mais cedo, o presidente dos EUA anunciou mais uma leva de tarifas contra parceiros comerciais. Desta vez, os alvos foram o México e a União Europeia (UE), com uma taxação de 30% sobre suas exportações. O tarifaço passa a valer em 1º de agosto.
A decisão faz parte de uma ofensiva protecionista do republicano contra parceiros comerciais, sob a alegação de tentar corrigir supostos desequilíbrios comerciais que estaria, ainda segundo ele, prejudicando a economia dos EUA.
O teor das cartas foi divulgado na Truth Social, rede social do presidente norte-americano. Assim como nos últimos comunicados oficiais, Trump adotou um tom mais político e não focou em dar explicações no campo econômico.
Brasil é principal alvo do tarifaço
Desde segunda-feira (7/7), Trump tem notificado oficialmente os países sobre a implementação de tarifas unilaterais na importação de produtos e bens. Com as cartas para México e UE, 24 parceiros foram taxados.
O Brasil foi o maior prejudicado pela sanção comercial de Trump, com uma tarifa de 50%. O governo federal defendeu a soberania nacional e se mostrou aberto para negociar com os norte-americanos.
No entanto, o presidente Lula não descartou a possibilidade de responder pelo princípio da reciprocidade, caso os países não cheguem a um acordo até a data-limite.
Confira a lista dos afetados pelo tarifaço:
Brasil: 50%
Laos: 40%
Myanmar: 40%
Camboja: 36%
Tailândia: 36%
Bangladesh: 35%
Sérvia: 35%
Indonésia: 32%
África do Sul: 30%
Argélia: 30%
Bósnia e Herzegovina: 30%
Iraque: 30%
Líbia: 30%
México: 30%
União Europeia: 30%
Sri Lanka: 30%
Brunei: 25%
Cazaquistão: 25%
Coreia do Sul: 25%
Japão: 25%
Malásia: 25%
Moldávia: 25%
Tunísia: 25%
Filipinas: 20%
*Todas as tarifas entram em vigor a partir de 1º de agosto.
Fonte: Portal Metrópoles
Fonte: Ricardo Stuckert / PR


































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