Diretora do Museu Visconde de São Leopoldo destaca importância da memória após enchente
- Start Comunicação

- 8 de jul.
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O programa Start News desta terça-feira (8) recebeu Ingrid Elisabet Marxen, diretora de Relações Institucionais do Museu Histórico Visconde de São Leopoldo, para uma conversa emocionante sobre memória, resistência e reconstrução. Um dos espaços culturais mais importantes do Vale do Sinos, o museu foi severamente atingido pela enchente de maio de 2024, considerada a maior tragédia climática da história do Rio Grande do Sul.
Durante a entrevista, Ingrid destacou o esforço coletivo para salvar peças históricas e reabrir o museu menos de três meses após o desastre. Um dos episódios mais simbólicos foi o resgate de uma Bíblia de 1765, uma das peças mais valiosas do acervo. “Ela foi salva pela sensibilidade de uma funcionária que, ao sair do prédio, sentiu que precisava buscá-la. No dia seguinte, tudo estava debaixo d’água”, contou.
Apesar dos danos, o museu conseguiu reabrir em 25 de julho de 2024, como comemoração do bicentenário da imigração alemã. O evento reuniu cerca de 3 mil pessoas e foi o único marco simbólico do bicentenário na cidade, ainda devastada pela catástrofe.
Além da preservação, o museu mantém ações de educação patrimonial, recebendo escolas semanalmente com apoio de uma lei de incentivo à cultura. “Queremos que a juventude conheça sua história. Eles saem encantados, perguntam se podem voltar com os pais. Isso mostra que estamos no caminho certo”, disse Ingrid.
Aberto de segunda a sábado, com entrada gratuita, o Museu Histórico Visconde de São Leopoldo segue de portas abertas à população. “Ele não é um lugar engessado. É um museu vivo, que continua contando a história da cidade, mesmo após a tragédia”, finalizou a diretora.
Da Redação do www.startcomunicacaosl.com.br / Por Luis Guilherme Zambrzycki


































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