Lula defende protagonismo feminino na 5ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres
- Start Comunicação

- 30 de set.
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Mais de 4 mil mulheres de todas as regiões do país se reuniram em Brasília para a 5ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres (5ª CNPM), realizada nesta segunda-feira (29). Com o tema “Mais Democracia, Mais Igualdade, Mais Conquistas para Todas”, o evento marcou a retomada do principal espaço de participação sociais para igualdade de gênero no Brasil, após quase dez anos sem edição.
Durante a cerimônia de abertura, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que não há democracia plena sem a voz das mulheres. “Esta conferência é um grito contra o silêncio. Um grito pela liberdade das mulheres falarem o que quiserem, onde quiserem o quanto quiserem. De todas as mulheres: pretas, brancas, indígenas, do campo e da cidade”, declarou Lula.
Ele também destacou políticas implementadas pelo governo para promover a equidade de gênero, como o Programa de Dignidade Menstrual, a Lei de Igualdade Salarial, a criação do Ministério das Mulheres e ações sociais como Bolsa Família, que hoje tem 84% dos seus beneficiários do sexo feminino.
Medidas e avanços
Na abertura do evento, Lula sancionou leis importantes:
Prorrogação da licença-maternidade em até 120 dias após a alta hospitalar do bebê e da mãe;
Criação da Semana Nacional de Conscientização sobre os Cuidados com Gestantes e Mães, com foco nos primeiros mil dias de vida da criança.
Também foi lançado edital para fortalecer a atividade produtiva em territórios pesqueiros artesanais, beneficiando principalmente mulheres pescadoras.
Mobilização nacional
Organizada pelo Ministério das Mulheres e pelo Conselho Nacional dos Direitos da Mulher (CNDM), a 5ª CNPM foi antecedida por conferências municipais, estaduais e temáticas em todo o país, mobilizando mais de 156 mil mulheres. As delegadas representam a diversidade feminina brasileira, incluindo mulheres negras, indígenas, trans, lésbicas, do campo, das florestas e da cidade.
A ministra das Mulheres, Márcia Lopes, destacou que a conferência é fruto da resistência frente aos retrocessos recentes. “Essa é a realização de um sonho coletivo”, afirmou. A ex-presidenta Dilma Rousseff também enviou uma mensagem, ressaltando o papel da conferência como símbolo da democracia participativa.
Para Bianca Colvero Ferreira, personal trainer, especialista em medicina integrativa e idealizadora do projeto Nova Fênix, a luta pela igualdade de gênero significa mais do que abrir espaços institucionais, é uma jornada de transformação e cura coletiva. Em sua trajetória, Bianca traz a experiência de quem enfrentou desafios pessoais e profissionais, reinventou-se através do esporte e hoje dedica sua vida a guiar mulheres na redescoberta da autoestima, da força e da liberdade. “O protagonismo feminino exige que cada mulher ocupe os lugares de decisão na política, na economia, na ciência, no esporte ou em qualquer outro campo, mas também que esteja inteira em si mesma, consciente do seu valor e de sua voz”, lembra Bianca
Temas debatidos
Os debates centrais giram em torno de:
Enfrentamento às desigualdades sociais, econômicas e raciais;
Participação política das mulheres;
Enfrentamento à violência de gênero;
Políticas de cuidado e autonomia econômica;
Articulação entre governo e sociedade civil.
As propostas construídas no encontro servirão de base para a atualização do novo Plano Nacional de Políticas para as Mulheres.
Vozes da diversidade
A cerimônia também contou com falas representando diferentes movimentos:
Mulheres negras defenderam práticas antirracistas e políticas específicas;
Para Nadir de Jesus, fundadora do Projeto: Ações e Movimentos AntiRacistas de São Leopoldo (AMAR/ SL) e ex vereadora suplente do PT de São Leopoldo, a voz das mulheres deve ser sempre ouvida com muita seriedade e comprometimento, pois, segundo Nadir, as mulheres são a maioria no país e fundamentais para a economia e sustentabilidade. Com relação as mulheres negras, a ex vereadora reforça: “Nós mulheres negras precisamos cada vez " exigir" equidade, pois nossas lutas são históricas e ainda não temos o reconhecimento merecido. Temos que cada vez mais dar oportunidade nos espaços de poder e decisão, principalmente no que se refere à política parlamentar, somos capazes de ocupar qualquer espaço na sociedade, o que precisamos são de oportunidades reais para que possamos construir um país mais justo e com equidade”, lembra Nadir.
Trabalhadoras rurais, indígenas e mulheres das águas reivindicaram visibilidade e políticas territoriais;
Mulheres trans e lésbicas enfatizaram a importância da representatividade nos espaços de poder e acesso à saúde.
Além dos debates, a conferência promove uma programação cultural com exposições, feira solidária, apresentações artísticas e lançamentos de publicações.
Da redação da Start Comunicação: www.startcomunicacaosl.com.br - Alexon Gabriel - MTB: 11472\RS
Fonte: Agência Brasil


































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