“Morreu por ser preto”: jovem baleado na cabeça por PM carregava livro
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- 7 de jul.
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Guilherme Dias Santos Ferreira (foto em destaque), 26 anos, foi morto com um tiro na cabeça disparado por um policial militar em Parelheiros, na Zona Sul de São Paulo, na última sexta-feira (4/7). O militar, que reagia a uma tentativa de assalto, confundiu o jovem com um dos criminosos e atirou.
Na mochila de Guilherme havia apenas a marmita, seus livros, remédios e itens de higiene. Ele havia acabado de sair do trabalho. Tirou, inclusive, uma foto do ponto da empresa, marcando 22h28, momentos antes de ser executado. O momento foi flagrado por câmeras de segurança do local.
Sete minutos depois, às 22h35, ele corria em direção ao ponto de ônibus quando foi baleado e morreu no local. Uma mulher que passava pela mesma rua também foi atingida por um disparo e socorrida, mas não há informações sobre o estado de saúde dela.
Segundo o boletim de ocorrência registrado pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), o PM afirmou que havia acabado de sofrer uma tentativa de assalto. Ao ver alguém se aproximando com pressa, atirou. O erro de percepção, segundo a própria Polícia Civil, afastaria a hipótese de legítima defesa.
Inicialmente classificado como “envolvido”, Guilherme passou a ser formalmente reconhecido como vítima após amigos e colegas de trabalho entregarem à polícia provas do ponto eletrônico.
O policial foi preso em flagrante, mas pagou fiança de R$ 6,5 mil e responderá ao processo em liberdade. A arma, uma pistola Glock calibre .40 da Polícia Militar, foi apreendida.
A família de Guilherme lançou a campanha #JustiçaPeloGuilherme. Amigos, colegas e desconhecidos se uniram nas redes para pedir apuração rigorosa e responsabilização. “Ele era meu cunhado. Tinha acabado de sair do serviço, foi confundido pelo policial, era cristão, casado e trabalhador. Foi morto simplesmente por ser preto”, desabafou uma parente.
Fonte: Portal Metrópoles
Foto: Reprodução


































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