Movimento estudantil organiza atividades em solidariedade ao povo palestino
- Start Comunicação

- 24 de set.
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Na manhã desta terça-feira (22), estudantes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) deram início à 1ª Jornada de Lutas pela Palestina, um movimento que reúne atividades de mobilização política, debates e manifestações públicas em defesa da causa palestina. A abertura da jornada foi marcada por um ato político realizado em frente à FACED – Faculdade de Educação, seguido da instalação de um acampamento estudantil no local, símbolo de resistência e engajamento. A ação surge em solidariedade à iniciativa internacional Global Sumud Flotilha, que atualmente navega em direção à Faixa de Gaza com o objetivo de desafiar e romper o cerco imposto por Israel, gesto que, segundo os organizadores, representa uma demonstração concreta de apoio ao povo palestino.
Para Daniel Oliveira, um dos organizadores da manifestação, o movimento estudantil em nível mundial enfrenta hoje uma tarefa urgente e inadiável: ampliar a mobilização em defesa de uma Palestina livre, autônoma e soberana, ao mesmo tempo em que pressiona governos e instituições para que cessem as relações políticas, econômicas e militares com Israel. No caso do Brasil, os organizadores ressaltam que o país se mantém como um dos principais exportadores de petróleo para Israel, ainda que de forma indireta, o que, em sua avaliação, contribui para a manutenção do conflito e para a violação dos direitos do povo palestino. “Nós tivemos um encaminhamento de uma carta-manifesto aqui para a URGS que prioriza a ruptura de relações com empresas israelenses, sobretudo a Health Systems, que é a empresa que, inclusive, produz ferramentas bélicas para se apoiar e para consolidar esse genocídio”, comenta Daniel Oliveira.
A Jornada de Lutas pela Palestina na UFRGS se inspira em experiências já realizadas em universidades de grande relevância internacional e nacional, como a Columbia University, nos Estados Unidos, e instituições brasileiras como a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e a Universidade de Brasília (UnB). Esses movimentos têm em comum a busca por sensibilizar a comunidade acadêmica e a sociedade em geral para a gravidade da situação vivida na Palestina, promovendo debates, reflexões críticas e ações práticas de solidariedade internacional.
Para os organizadores, a iniciativa não se limita a um gesto simbólico, mas se constitui em uma estratégia de resistência estudantil, que articula diferentes frentes de luta, conecta movimentos sociais e convoca a sociedade brasileira a refletir sobre seu papel diante de um conflito que envolve violações de direitos humanos, geopolítica e interesses econômicos globais. A expectativa é que a jornada possa ampliar o alcance do debate dentro da universidade, fortalecer a pressão por mudanças na política externa brasileira e, sobretudo, reforçar a voz da juventude universitária em defesa da justiça, da liberdade e da autodeterminação do povo palestino.
“Compreendendo que essa é a tarefa da nossa geração, estamos construindo uma jornada que una os estudantes em defesa da Palestina e em apoio à flotilha. As universidades brasileiras não podem ser coniventes com esse genocídio”, afirmam os organizadores da ação. Durante os próximos dias, serão realizadas atividades diversas no campus, com debates, oficinas e ações de conscientização que buscam envolver centros acadêmicos, DCEs e movimentos parceiros, ampliando a visibilidade da campanha.“Enquanto a flotilha atravessa os mares em direção a Gaza, temos a responsabilidade de multiplicar ações e mobilizações. Não podemos nos silenciar enquanto destroem a Palestina”, reforçam os estudantes, citando o chamado global da campanha Ondas para Gaza. A iniciativa da UFRGS integra um movimento global que busca construir solidariedade internacional com a Palestina.
Da redação da Start Comunicação: www.startcomunicacaosl.com.br - Alexon Gabriel - MTB: 11472|RS
Fonte: Juntos RS


































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