Noite de resgate: Diga-Diga de Artes emociona público na 4ª noite da Aldeia Sesc Capilé
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- 12 de out.
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SÃO LEOPOLDO: a quarta noite da Aldeia Sesc Capilé entrou para a história como momento de reencontro com a cultura local. O evento homenageou o antigo festival Diga-Diga de Artes realizado na década de 1980, revivendo seu legado e inspirando uma nova geração.
Participação popular
Renato Jacques, um dos idealizadores do Diga-Diga, lembrou com emoção, que aconteceu uma grande mobilização da organização que fizeram pessoas sem vínculo direto com arte e música serem provocadas a participar: trabalhadores de fábricas, estudantes, cidadãos comuns inscreveram-se e subiram ao palco.
O festival, que teve sua terceira e última edição em 1985 e teve até um disco LP com músicas de autoria dos participantes. Hoje, esse vinil “Diga-Diga de Artes III Amostra de Artes Gerais de São Leopoldo (1985), é quase um objeto de coleção e mostra sua importância na época. Vana Bergamo, uma das idealizadoras, lembra do alto custo para se produzir um disco naqueles tempos e destacou, o apoio do curso pré-vestibular PVSinos que era comandado pelo professor João Alberto Steffen, que apoiaram a "ousadia" da produção.
Um reencontro com a própria história
A diretora do Sesc São Leopoldo, Andrea Guedes, lembrou sua ligação pessoal com o festival. “O Diga-Diga está no meu DNA”, afirmou. Ela contou que participou das primeiras edições ainda na adolescência e destacou que o resgate do evento representa a redescoberta da força cultural de São Leopoldo, reunindo gerações em torno da arte,
da memória e da identidade local.
Um dos idealizadores do resgate do Diga-Diga de Artes, Fábio Nagel, destacou a grandiosidade que o evento alcançava em suas edições originais. “Naquele tempo, o Diga-Diga era destaque em jornais e revistas, ganhava capas e manchetes”, relembrou. Ele ressaltou que tudo era feito de forma orgânica, na base da mobilização e da paixão pela arte, em uma época sem redes sociais ou ferramentas digitais e tudo era feito, apenas com entusiasmo e o envolvimento genuíno da comunidade.
Homenagens e encerramento marcante
Durante a noite especial, Renato Jaques, Fábio Nagel e Vana Bergamo, foram homenageados pela organização da Aldeia Sesc Capilé, em reconhecimento aos seus papéis na cultura local. A celebração cresceu em emoção e culminou com o show de encerramento do artista Ernesto Fagundes, que encerrou a programação num momento de encantamento para o público.
Registros sobre o Diga-Diga destacam que o festival original foi criado no contexto cultural de São Leopoldo, durante a gestão do prefeito Waldir Schmidt, com forte participação comunitária, conciliando música, poesia e manifestações artísticas locais.
A reedição simbólica do Diga-Diga de Artes reafirmou a força da cultura como ferramenta de pertencimento, memória e transformação social e reforçando que pautas culturais construídas com raízes nunca devem ser esquecidas.
Da redação do www.startcomunicacaosl.com.br / Bado Jacoby































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