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O que a ciência descobriu sobre a cera de ouvido e por que ela pode virar o exame do futuro

Aquela substância pegajosa que você limpa do ouvido pode ser muito mais importante do que imagina. A cera de ouvido, antes ignorada pela ciência, agora é vista como uma poderosa ferramenta para detectar doenças graves.


Pesquisas recentes revelam que o cerume pode indicar desde diabetes até câncer, Parkinson e Alzheimer, abrindo novas portas para diagnósticos precoces.


Além de proteger o ouvido, a cera carrega informações valiosas sobre o metabolismo. Cientistas já estudam seu uso para identificar até mesmo Covid-19 e problemas cardíacos, tornando-a uma aliada surpreendente da medicina.


Do que é feita a cera de ouvido?


O cerume, nome científico da cera, é produzido por duas glândulas no ouvido: a ceruminosa e a sebácea. Ele se mistura com pele morta, cabelos e outros resíduos, formando a substância que conhecemos.


Existem dois tipos de cera: a molhada, alaranjada e pegajosa, e a seca, acinzentada e menos grudenta. Enquanto a primeira é comum em descendentes de africanos e europeus, 95% dos asiáticos orientais produzem a versão seca.


Como a cera pode detectar doenças?


Nelson Roberto Antoniosi Filho, professor da Universidade Federal de Goiás, descobriu que o cerume revela mais sobre o metabolismo que sangue e suor. “Muitas doenças são metabólicas”, explica.


Quando o metabolismo falha, a produção de substâncias muda. Isso deixa “marcas” na cera, que podem indicar diabetes, Parkinson, Alzheimer e até câncer. Até a rara doença da urina em xarope de ácer altera o cerume.


Quais doenças já podem ser identificadas?


Além de problemas metabólicos, estudos apontam que a cera pode ajudar a detectar Covid-19 e doenças cardíacas ligadas ao acúmulo de gordura no sangue. O potencial é enorme.


“A mitocôndria funciona de maneira diferente em doenças metabólicas”, diz Antoniosi. Essas alterações ficam registradas na cera, que se torna um “arquivo” da saúde do paciente.


Por que a cera é melhor que outros exames?


Diferente do sangue, a cera acumula informações por semanas. Isso permite analisar mudanças metabólicas ao longo do tempo, não apenas no momento da coleta.

Além disso, a coleta é não invasiva e barata. Basta um cotonete especial para coletar amostras, tornando o método acessível para diagnósticos em larga escala.


O futuro dos diagnósticos pelo cerume


Cientistas buscam desenvolver testes rápidos baseados na cera. A ideia é que, no futuro, um simples exame no ouvido possa substituir análises de sangue complexas.

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Enquanto isso, pesquisas continuam para validar a eficácia do método. O que era visto como nojento pode se tornar uma revolução na medicina preventiva.


FONTE: PORTAL NSC TOTAL

FOTO: Divulgação


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