Polícia desarticula esquema milionário de lavagem de dinheiro no RS
- Andressa Brunner Michels - Jornalista - MTB 19281/RS

- 16 de out.
- 2 min de leitura

A Justiça determinou o bloqueio de R$ 120 milhões pertencentes a um grupo criminoso investigado por envolvimento em um esquema de lavagem de dinheiro proveniente do tráfico de drogas no Rio Grande do Sul. Segundo a Polícia Civil, os valores ilícitos eram usados para comprar imóveis e veículos, servindo para disfarçar a origem criminosa do dinheiro.
Nesta quinta-feira (16), a operação policial deflagrada contra a organização cumpre 204 medidas cautelares, resultando na prisão de 48 pessoas até o momento.
Além das prisões, 33 mandados de busca e apreensão estão sendo executados em 13 cidades gaúchas — incluindo Novo Hamburgo, Campo Bom, Gravataí, Canoas, São Leopoldo e Lajeado — e também em Florianópolis, capital de Santa Catarina.
As ações também envolvem 68 mandados de prisão preventiva, 74 bloqueios de contas bancárias, o sequestro de seis imóveis e a apreensão de 23 veículos, totalizando cerca de R$ 2 milhões em bens.
Segundo os delegados Adriano Nonnenmacher e Rafael Liedtke, o esquema era sofisticado, utilizando estratégias como fracionamento de depósitos, triangulações, uso de contas de terceiros — inclusive de idosos — e movimentações rápidas em casas lotéricas, com o objetivo de dificultar a detecção pelas autoridades financeiras.
A investigação apontou que os envolvidos ocupavam diferentes posições na organização criminosa, como chefes, gerentes e operadores. Muitos deles já tinham passagens pela polícia por tráfico, homicídio e roubo.
“Tratava-se de uma movimentação milionária, com estrutura organizada para burlar os mecanismos de controle e fiscalização financeira”, destacam os delegados.
Essa não é a primeira vez que o grupo é alvo da polícia. Em 2023, uma operação prendeu 53 pessoas, entre elas empresários, comerciantes e até um advogado. Na ocasião, foram apreendidas 21 armas de fogo e uma quantidade significativa de drogas. A investigação também identificou a relação dos suspeitos com homicídios cometidos no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, além de ameaças a autoridades policiais.
Redação do www.startcomunicacaosl.com.br | Por Andressa Brunner Michels | Fonte: G1 RS


































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