Raul Quiroga e Cláudia Mariano discutem polêmicas do edital da São Leopoldo Fest 202e cobram mais espaço para artistas locais
- Start Comunicação

- 26 de jun.
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O edital da São Leopoldo Fest 2025 tem sido alvo de críticas por parte da classe artística do município, gerando debates sobre a representatividade cultural e a condução da organização do evento. As principais reclamações envolvem a exclusão de artistas locais e coletivos cênicos da programação, além da limitação no número de atrações previstas.
Na manhã desta quinta-feira (26), o presidente do Conselho Municipal de Cultura, Raul Quiroga, e a produtora cultural Maria Cláudia Mariano participaram de uma entrevista no estúdio da Start Comunicação para tratar do tema. A presença dos dois representantes ocorre após a divulgação de uma nota de repúdio pelo Fórum das Artes Cênicas de São Leopoldo, na última terça-feira (24), criticando o formato do edital e apontando um retrocesso na valorização da cultura local.
Segundo Raul Quiroga, o edital enviado à Procuradoria-Geral do Município (PGM) exigia que os nomes e sobrenomes dos artistas contratados já constassem no documento, o que surpreendeu e excluiu muitos coletivos culturais que não haviam sido informados. "O edital foi encaminhado à PGM, que determinou a inclusão nominal dos artistas. Alguns nem sabiam da existência do processo", afirmou.
Diante da situação, Quiroga buscou diálogo com a secretária municipal de Cultura e Relações Internacionais, Lionella Pedroso. Uma reunião com a PGM foi realizada, e o órgão reconheceu a falha. Após esse encontro, o prefeito Heliomar Franco convocou a equipe da Secult para uma reunião emergencial. “O prefeito estava indignado e perguntou se havia solução. Disseram que sim, e foi por isso que houve atraso na divulgação”, relatou Quiroga.
Mesmo após a revisão do edital, uma nova crítica surgiu: o número limitado de apresentações locais. O documento prevê apenas quatro atrações da cidade na programação oficial da festa, o que foi classificado como insuficiente pela produtora Cláudia Mariano. “São Leopoldo já teve edições da festa com mais de 120 atrações locais. Reduzir isso a quatro é desrespeitoso com a produção cultural do município”, afirmou.
O Fórum da Música também se manifestou contrariamente ao modelo adotado e encaminhou uma carta de repúdio à Secretaria de Cultura. Apesar de haver um consenso sobre o formato germânico da festa, alinhado à proposta da atual gestão, o ponto mais sensível permanece sendo a falta de representatividade. “A questão não é o estilo da festa, mas sim garantir que todos os gêneros tenham espaço, como o samba, o tradicionalismo e o gospel”, disse Cláudia.
A produtora ainda citou a legislação municipal criada pelo então vereador Gilmar Pinto, que prevê a priorização de artistas locais em eventos promovidos ou apoiados pela prefeitura. Para os representantes da classe artística, é fundamental que essa lei seja respeitada e que a São Leopoldo Fest retome seu compromisso com a diversidade cultural da cidade.
Da Redação www.startcomunicacaosl.com.br
Assista a entrevista completa:


































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