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COP30 começa em Belém com desafios logísticos e expectativa por avanços no combate à crise climática


Foto : Mauro Pimentel / AFP
Foto : Mauro Pimentel / AFP

A 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30) começa nesta segunda-feira (10), em Belém (PA), com a missão de tentar revitalizar os esforços globais contra o aquecimento do planeta.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva manteve firme a decisão de sediar o evento na capital paraense, apesar das objeções sobre infraestrutura. A expectativa é que a cidade receba cerca de 50 mil participantes, mesmo diante da escassez de hotéis e do aumento nos preços de hospedagem e alimentação.


A ambição brasileira é clara: colocar a Amazônia no centro das atenções mundiais e mostrar de perto os desafios e riquezas da maior floresta tropical do planeta. Em Belém, cidade em que moradores se protegem do sol com guarda-chuva pela manhã e da chuva à tarde, a ideia é que os participantes vivam a experiência da vida amazônica.

“Queremos que o mundo veja a real situação das florestas, da maior bacia hidrográfica do planeta e dos milhões de habitantes da região”, reforçou o governo brasileiro.

A Amazônia desempenha papel essencial na regulação do clima global, mas enfrenta pressões intensas do desmatamento, da mineração ilegal, da poluição dos rios e da violência contra povos indígenas.


Diplomaticamente, o Brasil prepara a COP30 há mais de um ano, mas na parte logística os desafios persistem. Na véspera da abertura, pavilhões ainda estavam em construção no centro de convenções que abriga o evento.

“Há uma grande preocupação sobre se tudo estará pronto a tempo. Faltam conexões, transporte adequado e há até receio de falta de comida para os participantes”, relatou uma fonte próxima à ONU à agência AFP.


Mais do que a estrutura, a grande incerteza está nas negociações políticas: como financiar as ações climáticas e como responder aos alertas cada vez mais graves sobre o clima.

Os países ainda buscam definir como reunir recursos para apoiar regiões afetadas por desastres naturais, como o furacão que devastou a Jamaica no mês passado — o mais intenso em quase um século.

O presidente Lula propõe um “mapa do caminho” para a eliminação gradual dos combustíveis fósseis, promessa adotada simbolicamente na COP28, em Dubai. Mas a pauta enfrenta resistência renovada, especialmente após a eleição de Donald Trump, cético declarado das mudanças climáticas, à presidência dos Estados Unidos.

“Conseguiremos um consenso sobre energias fósseis? Esse é um dos mistérios da COP30”, admitiu André Corrêa do Lago, presidente brasileiro da conferência.


Diante da ascensão do negacionismo climático, líderes como o presidente francês Emmanuel Macron têm pedido que a ciência seja defendida “frente à ideologia”. A declaração resume o clima que deve marcar esta COP: um embate entre a urgência ambiental e a resistência política.


Redação do www.startcomunicacaosl.com.br | Por Andressa Brunner Michels | Fonte: Correio do Povo

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